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Carros Dando Voltas - Blog Oficial

Autonomia ainda é o grande problema das motos elétricas. #Motos #Eletrica #MotoEletrica #Shorts

Alex Neres
Autonomia ainda é o grande problema das motos elétricas. #Motos #Eletrica #MotoEletrica #Shorts
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MOTOS ELÉTRICAS - Atualmente estão fadadas ao fracasso
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Os piores dias de Enzo Ferrari

  • Foto do escritor: Alex Neres
    Alex Neres
  • 6 de mar. de 2019
  • 4 min de leitura

Villeneuve e o 312-T5, o pior carro da história da Ferrari

A Ferrari tem como característica ser a única equipe que está presente em todas as temporadas da Formula 1, tendo estreado na segunda prova da história da categoria, o GP de Monaco, de 1950. De lá pra ca, o time colecionou glórias, tragédias, comédias, mas também colecionou longos jejuns sem vitórias e títulos. Na ocasião da morte do comendador Enzo Ferrari em 1988, o homem que transformou uma oficina na marca mais desejada do planeta, a Ferrari ainda era uma equipe de ponta, mesmo com as possibilidades de título quase nulas diante de uma dominante McLaren. Mas nenhum período foi tão doloroso e trágico para a equipe do que a temporada de 1980.


Em 1979, a Ferrari levou o título com uma certa facilidade. Reconheçamos que o 312-T4 não era o carro favorito, e no começo a Ligier vinha surpreendendo bastante. A Lotus vinha com uma droga de carro e a Williams só foi se destacar no meio do ano. Mas aí o Patrick Depailler inventou de voar de asa-delta, caiu, quebrou as duas pernas e deu adeus àquela que seria sua única chance de consagração. Com isso, Jody Scheckter levou o caneco diante da torcida fanática no GP da Italia, com seu escudeiro Villeneuve sendo segundo e com uma mão no vice-campeonato.


Enzo havia dado preferencia ao título de Scheckter por este ter mais tempo de F1 e por ter deixado para trás a fama de piloto-problema. Villeneuve ainda estava apenas na sua segunda temporada completa na F1 e vinha despertando o interesse do comendador. Por isso, após o título de Jody, Enzo Ferrari prometeu que 1980 seria o ano de Villeneuve.


Naquele 13 de Janeiro de 1980 (as temporadas começavam bem cedo na época), no GP da Argentina, a Ferrari ainda sim mostrou força, mesmo tendo tomado nos treinos 2s do pole-position Alan Jones, da Williams. Villeneuve era o 8º e Scheckter 11º. Na corrida, Villeneuve chegou a ser segundo, porém bateu e abandonou na volta 36, enquanto que Scheckter abandonou na volta 45 com problemas de motor. Zero pontos na primeira prova, ok, mas o campeonato ainda era bem longo.


Liderança momentânea no Brasil

Duas semanas depois, a F1 desembarcava no Brasil. Villeneuve que largara em 3º assumiu a ponta logo na primeira curva, porém errou na segunda e começou a perder uma série de posições, acabando por abandonar com problemas no acelerador na volta 36, quando era 7º colocado, enquanto que Scheckter não correu mais do que 10 voltas, saindo novamente com problemas no motor. A vitória ficava com René Arnoux, que já mostrava que os turbos vinham pra ficar enquanto a Ferrari continuava sem marcar pontos.


O time só iria marcar pontos na quinta etapa, no GP dos EUA-Oeste em Long Beach, com Scheckter chegando apenas na quinta posição. Esta seria a única vez que o sul-africano chegaria na zona de pontos naquele ano e pela última vez em sua carreira. Villeneuve marcaria pontos em quatro provas aquele ano: sexto na Bélgica, quinto em Mônaco, sexto na Alemanha e quinto no Canadá. E foi só.

Um ano difícil para Scheckter: 19º no mundial

Exatamente, só! A Ferrari não venceu, não foi ao pódio, não fez mais nada no ano, a não ser os resultados acima. E mais: Jody Scheckter que também já estava em fim de carreira não se classificou para o GP do Canadá e uma semana depois largou em último no GP dos EUA-Leste em Watkins Glen. Com isso a equipe terminou o Mundial de Construtores na 10a posição, com oito pontos, a frente apenas da fraquíssima Alfa-Romeo, que já tinha com resultados ruins e ainda teve que encarar a trágica morte de Patrick Depailler. Villeneuve, que sonhava em ser campeão em 1980 conforme a promessa de Enzo Ferrari terminou o mundial em 14º e Scheckter, campeão mundial, 19º, pior posição de um piloto como atual campeão na história da F1.


Mas o que havia de tão errado com o carro? O projetista da equipe era o genial Mauro Forghieri, que baseou o carro no modelo do ano anterior. Porém o 312T5 era defasado no powertrain: utilizava um anacrônico propulsor de 12 cilindros contrapostos (pensa em um Fusca com 12 cilindros). O motor boxer deixava o carro com a aerodinâmica prejudicada e baixava muito o baricentro na parte de trás, deixando o modelo inguiavel, exigindo muito substerço dos pilotos em algumas pistas. Além disso, mesmo tendo quatro válvulas por cilindro e berrando 515 cavalos, a configuração do motor tornava-o frágil igual uma jarra de porcelana, principalmente no que diz respeito à vazamentos. Quebra de motor foram quatro fora as de transmissão. Nas corridas que completavam, era muito difícil a Ferrari terminar na volta do líder.

Ferrari 126-C, de 1981: o fim dos tempos difíceis.

Talvez tenha sido o maior erro da carreira de Forghieri. Dono de grandes projetos que revolucionaram a F1, Mauro foi teimoso igual o comendador que gostava de tudo à moda antiga. Infelizmente a receita deu errado. Um carro instável, que não andava, quebrava demais, tinha um motor defasado e que acabou por sepultar qualquer chance de bom resultado. Boa parte das equipes utilizavam o motor COsworth DFV, confiável e durável desde os anos 60, mas outras já tinham se rendido ao turbo, que possibilitou motores menores, mais leves e com melhor desempenho. A Ferrari aprendeu a lição e aposentou o 312T para 1981, projetando um carro totalmente novo para aquele ano: o 126C. Os resultados melhoraram bastante e deram um pouco de sossego à Enzo Ferrari, que infelizmente não viu mais títulos de piloto em vida, mas também não teve pesadelos de ver seu time afundar.


Que fique a lição para quem acha engraçado ver a Williams no fundo do poço. Dias ruins, todo mundo tem. O importante é, como você vai mudar isso!


Abraços.

 
 
 

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