Apertem os cintos, porque tem carros dando voltas!

Parece uma chamada de narrador de corridas, mas na verdade eu nunca levei jeito para narração. Até faço, dentro de minha mente, narração de corridas imaginárias, de categorias que nunca existiram, com pilotos idem. Mas hoje, a frase acima soará mais do que apenas um título para uma postagem de blog.

(Estralando os dedos)

Hoje, eu Alex Neres começo uma nova era. Quem me conhece sabe o quanto sou um aficcionado, e modéstia a parte, apaixonado por este esporte mortal, perigoso, monótono por vezes, maçante por muitas outras, chamado automobilismo. Já se vão quase 20 anos acompanhando e estudando a fundo este esporte, dando o ar da graça em rodas de amigos, em postagens no Twitter, no Facebook, no Instagram ou até mesmo no antigo Orkut. Nunca deixei de gostar, até porque, quando se gosta de um esporte por tanto tempo, é realmente um caso de amor, não apenas uma paixão.

Muitas foram as amizades que fiz por causa deste esporte (citarei todas no final deste texto) e muito destes são inspirações e até mesmo ídolos. Muitas foram as madrugadas, manhãs de sábado e domingo, tardes ou até mesmo 24h seguidas ligadas para saber quem é que está na frente de cada corrida. E corrida é assim: a gente nunca sabe o que pode acontecer na próxima curva, na próxima volta, dentro dos boxes, fora dele. O futebol, o rugby, o Hockey, o Luge, o Skeleton, o Curling (inusitados? São meus esportes favoritos após as corridas) tem sim a sua emoção. Mas nenhum, absolutamente nenhum desperta o desejo dos homens de forma tão envolvente como o automobilismo faz.

"As máquinas prontas, o ronco do motor, a cidade inteira se movimentou (...)"

MANFREDINI JR., Renato. Dezesseis. In: Legião Urbana. A Tempestade. Rio de Janeiro: EMI, 1996. Faixa 9.

O trecho acima da música famosa do Legião Urbana é muito mais do que apenas a romantização de como a paixão do jovem Johnny pela velocidade é atraente. Ela é a própria síntese do que disse linhas acima. O barulho do motor, a agitação dos carros, pilotos, de quem assiste, até mesmo os acidentes são parte de um espetáculo que a gente assiste sem saber porque assiste, que a gente ama sem saber porque ama. A gente só assiste, a gente só ama. A velocidade faz o nosso coração bater mais forte e nos instiga como se ao invés de pilotarem carros, aqueles homens debaixo dos capacetes estivessem em bigas dentro da Antiga Roma.

E é isso. Basicamente dei uma síntese do que faz a velocidade atrair tanta gente e porque tanta gente perde tempo com esse esporte. E comigo não seria diferente, nem com você, leitor. A proposta deste blog é bem clara: opinião, análise, historietas sobre categorias diversas, desde o kart, até os campeonatos mundiais e milionários. E que além disso, terá uma presença ilustre todos os meses. Explico: uma vez por mês, estarei postando aqui uma entrevista feita com um ex-piloto, dirigente, narrador, comentarista, roadie de piloto (risos) ou limpador de rodas (lembrando que já tivemos um caso que desta posição a campeão do mundo, foram apenas sete anos de diferença).

No começo, tudo é difícil, seja para um blog, seja para uma futura campeã do mundo.

Facil, nunca será. Assim como o começo de um piloto ou até mesmo de uma equipe, tudo no começo para um blog é difícil. Mas tudo cresce conforme dedicação e eu simplesmente vejo em mim este desejo de compartilhar com vocês história do automobilismo. E podem ter certeza, cada view, curtida, compartilhada do texto em sua rede social vai ser de grande valia e eu tenho certeza que vou ficar muito feliz e motivado a fazer mais. Ademais, estarei com um canal no YouTube, onde pretendo postar vídeos curtos e análises de fatos no automobilismo, um Instagram dedicado e um Facebook. Os links em breve estarão com vocês.

Estou me esquecendo de algo? Sim, os agradecimentos de pessoas que eu tanto já li, e que me inspiraram de certa forma a iniciar este trabalho. Vamos lá: Paulo Alexandre Teixeira (Continental Circus), Jackson Lincoln Lopes (Blog da Indy), Flávio Gomes (Grande Premio, Fox Sports), Humberto Corradi (Corradi GP), Leonardo (Bandeira Verde), Rian Assis (F1 Nostalgia), meu amigo Renato Henrique que sempre me acompanha analisando corridas desde 2007 e tantos outros que compartilharam histórias sobre este esporte maravilhoso. Mais do que escrever para pessoas, eu quero dar continuidade ao trabalho de vocês como comunicadores de carros correndo.

Abraços!