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Autonomia ainda é o grande problema das motos elétricas. #Motos #Eletrica #MotoEletrica #Shorts

Alex Neres
Autonomia ainda é o grande problema das motos elétricas. #Motos #Eletrica #MotoEletrica #Shorts
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MOTOS ELÉTRICAS - Atualmente estão fadadas ao fracasso
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A grandeza de Fernando Alonso

  • Foto do escritor: Alex Neres
    Alex Neres
  • 27 de jan. de 2019
  • 3 min de leitura

Atualizado: 28 de jan. de 2019

Com um automobilismo moderno de tantos resultados recordes, como o penta de Lewis Hamilton, as 91 vitórias de Michael Schumacher, os incontáveis títulos de Sebastian Loeb e Sebastian Orgier no WRC, o público acaba que por deixar no esquecimento as conquistas de muitos pilotos que não obtiveram um recorde, muitos títulos, muitos triunfos. É uma tendencia natural para qualquer esporte. Ninguém lembrará de Carl Lewis, quando se tem Usain Bolt; ninguém lembrará do título da Inglaterra na Copa de 1966, se podemos lembrar dos cinco do Brasil.


O começo em 2001: era apenas mais um estreante pela Minardi

Com Fernando Alonso, isso por muito tempo foi assim. Figura controvertida, o espanhol sempre foi um piloto que marcou por onde passou, seja positivo ou negativamente. Revelação na Minardi, foi parar na Renault onde começou uma caminhada que iria marcar história: quebrou a hegemonia de uma Ferrari e de um Schumacher, que pareciam imbatíveis. Depois foi para a McLaren onde provocou um racha histórico com o então estreante Lewis Hamilton e depois foi para a tão sonhada Ferrari para tentar voltar os tempos de glória e conseguir o tricampeonato pelas cores do time de Maranello. Não deu certo e assim como fora nas equipes anteriores, saiu de portas fechadas devido à sua personalidade difícil.


Alonso então foi para a McLaren. Longe da glória do passado do time, o piloto comeu o pão que o diabo amassou e a perspectiva de campeonato estava cada vez mais distante. Terminar uma corrida já era o suficiente, quando acontecia. E então surgiu outro Alonso: um piloto que, ao invés de reclamar de dias ruins, encarava tudo com bom humor e irreverência. Virou um meme da F1 e nem ligava. Vieram então as 500 Milhas de Indianapolis em 2017: Alonso foi lá e deu seu show. Não venceu, mas enquanto esteve na pista, demonstrava que tinha capacidade para tal.

Parecia um europeu querendo se promover em Indianapolis. Que nada, ele queria mostrar o que é ser bom piloto!

A participação na Indy 500 mudou Fernando. Aquele piloto que andava em carro capenga virou uma celebridade. E mais, um ano depois, a vitória em Le Mans na primeira participação. Alguns meses depois, o anuncio da aposentadoria do seleto grupo da F1. Tristeza? Nada! Fernando Alonso queria outros ares, queria demonstrar o quão piloto grande ele é. Capacidade essa que tantos outros demonstraram ao expandir seus horizontes, como Mario Andretti, Nigel Mansell, Jacques Villeneuve (este de forma inversa, mas tudo bem) e Graham Hill.


Este último nome talvez seja a atual inspiração do piloto espanhol. Hill foi campeão da F1 em 1962 e 1968, mas tem como maior feito da carreira ser o único piloto que conseguiu a Tríplice Coroa do Automobilismo: ganhou o GP de Mônaco (5 vezes apenas), a Indy 500 de 1966 (vitória um tanto controvertida, mas não deixa de ser vitória) e as 24h de Le Mans de 1972, quando dividiu o carro com o francês Henri Pescarolo. Nenhum outro piloto conseguiu tal feito, e por muitos anos, pensou-se que ninguém arriscaria tirar este mérito do piloto inglês.

A consagração em Le Mans. Alonso começa a escrever seu legado como uma verdadeira lenda do automobilismo.

Mas não para Fernando Alonso. Quem assistiu a Indy 500 de 2017 viu um piloto que não tem medo de nada. Pegou o carro nervoso da Indy e na sua primeira participação em oval, deixou os pilotos da casa de cabelo em pé. Liderou boa parte da prova e iria sim vencer, se não tivesse quebrado. Após a vitória em Le Mans, Alonso quer sim a Tríplice Coroa, porque é um mérito que demonstra que automobilismo é um esporte que separa homens de meninos em diversos aspectos. O medo de correr em ovais que muitos pilotos europeus, o medo de encarar uma reta Mulsanne no meio da madrugada. Alonso já provou que não tem.


Graham Hill rumo a sua vitória em Le Mans, em 1972. Alonso quer ser grande como ele. Algo que não é para qualquer um!

Chegamos a 2019; o espanhol está fora da Formula 1, mas logo no primeiro mês fatura as 24h de Daytona com requintes de genialidade. Não se sabe ainda o que fará, em qual categoria definitivamente correrá, se vai competir esporadicamente. Mas tenho certeza, que correrá a Indy 500 e terá tudo para ganhar. Muitos diziam na época da Formula 1 que Fernando Alonso era o piloto mais completo do grid, mas falavam isso apenas baseado em uma esfera de competição europeia. Balela, Alonso é um piloto cosmopolita: onde ele for correr vai ganhar, porque é um piloto de grandeza impar: se adapta a qualquer tipo de carro porque corre com amor, como se tivesse gasolina nas veias. Corre com coragem porque a diferença de Indianápolis para Silverstone é apenas que um circuito vira só para um lado e o outro para os dois. Corre com determinação, porque para ele a diferença entre correr 2h em Singapura ou 24h em Sarthe é apenas um cronômetro.


É O Cara, e merece sim ter seu lugar reservado no hall dos grandes esportistas deste século.



 
 
 

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